sábado, 22 de novembro de 2014

 MARKETING DA PLÁSTICA


         Herbert Chavez, estilista filipino é grande fã do personagem super-homem e disse que queria ser como ele, parecer com ele. Em uma medida drástica, o estilista fez diversas plásticas para adquirir as feições do herói. Ele alterou as proporções do rosto, alterou o nariz, embranqueceu a pele e mudou sua aparência totalmente. Depois de tudo, ainda deseja fazer implantes nas pernas para ficar mais alto e plástica na barriga para ficar musculoso.
          Como já comentado, tratamento estéticos podem melhorar a qualidade de vida, mas também podem tornar-se obsessões. Além disso, apresentam riscos.

          O Brasil lidera no ranking de cirurgias plásticas, revelando a preocupação estética da população. Nesse post, serão comentadas as principais cirurgias plásticas realizadas nesse país.

LIPOASPIRAÇÃO
        Como o nome diz, consiste na aspiração de gorduras localizadas através de cânulas. que são inseridas no tecido adiposo. Assim, há redução do número de células, que não são repostas. Antes, é infiltrada a solução de Klein, que consiste em soro fisiológico mais adrenalina, o que reduz as chances de sangramento. A anestesia pode variar de local a geral. Após a operação, o paciente sente dores intensas por alguns dias e é natural que ocorram edemas por extensos períodos. Para contornar esses problemas, é imprescindível a realização de uma drenagem linfática e o uso regular de cintas modeladoras.

         Já a abdominoplastia difere por remover gordura localizada e excesso de pele no abdômen, sendo procurada por ex-obesos e mulheres que deram à luz muitas vezes.
          É a mais realizada no Brasil, e está entre as mais procuradas no mundo. Entretanto, a lipoaspiração não substitui os exercícios físicos e a alimentação saudável, que deve ser mantida após a operação. É recomendada para pacientes que apresentam gordura localizada e que dificilmente responde com dieta ou exercícios.

MAMOPLASTIA

       O silicone é um polímero de condensação que é utilizado nas próteses mamárias devido à sua consistência aparentemente natural. Visto que o implante de silicone industrial pode causar diversos danos à saúde e ainda a morte, as próteses só são validadas após rigorosos testes da ANVISA. As próteses de solução salina são pouco recomendadas devido à maior incidência de vazamentos. EM 10% dos casos, a prótese estoura.  Nesses casos, a viscosidade do silicone impede que este espalhe-se.
        Na mamoplastia de aumento é aplicada entre as glândulas mamárias e o músculo peitoral. É uma cirurgia puramente estética, que é importante em mulheres que tenham sofrido remoção de mama. Apresenta variáveis quanto ao tipo de incisura, formato da prótese, posição do implante. Semelhantemente à lipoaspiração, há inchaço e dor após a cirurgia.
         Por outro lado, há a mamoplastia redutora, que é realizada por razões ergonômicas. Nela há retirada de tecido mamário, tecido adiposo e pele. Em alguns casos, pode ser realizada antes do término do crescimento.

BLEFAROPLASTIA
         Visa a remoção de excessos de pele nas regiões próximas aos olhos, além de gorduras e músculos. Ao término, a visão pode ficar temporariamente turva, pode haver dificuldade nos movimentos das pálpebras e ocorrer sangramentos, que são ainda capazes de causar cegueira.

          O facelifting, a rinoplastia e otoplastia assemelham-se a esse procedimento.

RISCOS GERAIS
         Devido à crescente popularidade desses tratamentos, que encontra base nas "necessidades" estéticas, ocorre banalização dessas cirurgias, como no caso de Herbert Chavez. Entretanto, são cirurgias como quaisquer outras e apresentam seus riscos:
-Sangramentos, que requerem transfusões em casos mais severos
-Dores, que requerem o uso de analgésicos por dias
-Inchaços, que duram por semanas ou meses
-Infecção, que requerem antibióticos ou novas cirurgias
-Cicatrizes, que normalmente desaparecem com o tempo
          Há ainda o risco estético, de que o resultado não contente o paciente. Assim, uma cirurgia estética pode ser cara e necessitar muito tempo, enquanto que resultados não são garantidos.

FONTES
http://www.nhs.uk/Conditions/Cosmetic-surgery/Pages/Procedures.aspx
http://www.nhs.uk/Conditions/Cosmetic-surgery/Pages/Introduction.aspx
http://veja.abril.com.br/noticia/saude/brasil-lidera-ranking-mundial-de-cirurgias-plasticas
http://discoverymulher.uol.com.br/saude/as-10-cirurgias-plasticas-mais-realizadas-no-brasil/
http://www.minhavida.com.br/
http://g1.globo.com/planeta-bizarro/noticia/2011/10/filipino-exibe-mudanca-apos-plasticas-para-ficar-parecido-ao-super-homem.html

















           

10 comentários:

  1. As intervenções cirúrgicas geralmente são indicadas em ultimas instâncias na prática da Medicina, indicando-se outro tratamentos quando existentes, tentando evitar ou postegar uma intervenção cirúrgica. De acordo com o exposto acima, no meio estético, muitos pacientes recorrerem às cirurgias plásticas como 01ª (primeira) opção para obter aquele tão sonhado corpo ou molde estético.
    As práticas capitalistas através do marketing estratégico, tem realizado verdadeiras lavagens cerebrais e induzindo pessoas insatisfeitas com o seu corpo a realizar procedimentos complexos com fins estéticos e que muitas vezes não trarão os resultados esperados, gerando uma busca incessante por procedimentos mais eficazes e consequentes frustrações.
    Um dos procedimentos mais citados e realizados pelos plásticos/esteticistas é a inserção de toxina botulínica, que segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica é uma injeção não cirúrgica que temporariamente reduz ou elimina linhas de expressão, rugas na testa, pés de galinha perto dos olhos e bandas grossas no pescoço.
    A toxina botulínica pode ser do tipo A e do tipo B, que são substâncias purificadas derivadas a partir de uma bactéria. Tal substância bloqueia os sinais nervosos musculares, enfraquecendo o músculo de modo que não se contraia, diminuindo as rugas.
    Os procedimentos são inúmeros e a obsessão das pessoas pelo padrão de beleza moderno são maiores ainda, de tal forma que muitos não se preocupam com a qualidade do procedimento e o profissional realizando-o de qualquer forma, e na tentativa de melhorar, acabam colaborando com uma devastação do corpo e da qualidade de vida.

    FONTE:
    Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Disponivel em http://www2.cirurgiaplastica.org.br/#!/cirurgias-e-procedimentos Acesso 24 Nov 2014

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  2. As cirurgias plásticas podem ser cirurgias puramente estéticas ou reparadoras, em caso de câncer de mama ou queimaduras, e como qualquer outra cirurgia tem seus ricos eminentes e perigos que algumas vezes levam a morte, não são poucos os casos noticiados pela mídia, há ainda a chance de erro cirúrgico que pode levar o paciente a sofrer deformações físicas, algumas vezes irreparáveis. Na maioria dos casos as pessoas realizam os procedimentos plásticos a fim de suprir o ego demasiadamente exagerado, como exemplos de pessoas que se submeteram a mamoplastia várias vezes com o simples intuito de possuir seios cada vez maiores, ou implantar silicone em partes do corpo como no abdômen para gerar uma impressão muscular. Há de serem ressaltados outros riscos, as intervenções plásticas são procedimentos caros, e as pessoas em busca de preços mais acessíveis deixam-se levar por promessas de falsos médicos, pessoas de formação duvidosa na área (como cirurgião geral, executando procedimentos plásticos) entre outros tipos de estelionatários, procedimentos executados de forma irregular são um grave fator de perturbação a saúde, potencializando o risco de morte e de deformações físicas, além do trauma psicológico.

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  3. As mudanças na sociedade e na forma de consumo de produtos e serviços trazem ao operador do direito um grande desafio. A respeito da relação médico paciente muito se modificou com a chamada indústria da beleza, fazendo com que contornos que, antigamente, eram sedimentados somente na confiança sejam tratados como contrato.
    O produto vale mais pela aparência do que pelo seu benefício ou qualidades. Em certa medida, as relações sociais assim caminham, a boa aparência passou a ser requisito intrínseco na escolha de amigos, parceiros sexuais e até nas relações profissionais.
    O profissional que lida com esse tipo de mercado, geralmente o médico cirurgião e o esteticista, devem ter a ciência de que o problema estético, muitas vezes, é mais psicológico que físico, cabendo-lhes o feeling dessa diferença. A questão é que a relação médico paciente tornou-se tão mercantil nessa área que até existem consórcios cirúrgicos, sem falar do turismo médico, o que acaba por chamar a atenção dos aplicadores do direito para o fato da responsabilidade civil dos médicos.
    A busca pelo enquadramento nestes novos parâmetros de beleza expõe a sociedade a risco iminentes intrínsecos a diversos procedimentos, procedimentos esses que lidam com algo tênue, externo, convite social, as paredes do corpo.
    Um exemplo disso é a mamoplastia de aumento, com aplicação de próteses de silicone. Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, a cirurgia está relacionada com o aumento da projeção dos seios, equilíbrio do corpo, autoestima e confiança, o que corrobora com a ideia geral de adequação a novos padrões e aceitação social.
    Não obstante, e conforme citado no blog, existem procedimentos altamente invasivos como a lipoaspiração, que consiste na retirada de gordura, e que possui como efeitos negativos a formação de edemas, hemorragias e possibilidade de perfuração de vísceras.
    A medicina estética lida com algo essencial para o ser humano, a sua aparência, a sua identidade, e portanto, é necessário que os profissionais de saúde respeitem o código de ética médica referente a esta temática, bem como a autonomia do paciente, tendo em vista as suas necessidades, uma vez que uma cirurgia mal sucedida possui repercussões igualmente negativas, como a depressão e a própria negação do paciente, frente ao julgo social.

    FONTE:
    http://jus.com.br/artigos/25369/os-limites-da-beleza-a-responsabilidade-civil-nas-cirurgias-e-procedimentos-esteticos-embelezadores#ixzz3KDQCprYJ
    http://www2.cirurgiaplastica.org.br/cirurgias-e-procedimentos/mama/mamoplastia-de-aumento/

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  4. A percepção de si mesmo é o que dá a identidade e o reconhecimento do self. A partir da idéia de que o ego inicialmente é totalmente corporal (FREUD,1923/1980) e que ao longo do desenvolvimento humano, o corpo continua ocupando forte relação com o psiquismo, a cirurgia plástica pode ser entendida como uma saída para a insatisfação e o desequilíbrio da conexão corpo e mente. A pressão externa, através da mídia e dos padrões de beleza, acaba mobilizando o indivíduo em sua percepção de si e, concomitantemente, na sua auto-estima. Atualmente, as relações entre as pessoas estão cada vez mais efêmeras, sendo a aparência, ou seja, a impressão física, um importante elemento de julgamento nas interações sociais. O comportamento se estrutura no que é considerado mais belo ou menos belo. Assim, a beleza passa a ser um valor social que pode garantir sucessos ou fracassos, tanto nas relações interpessoais quanto na vida profissional. Para algumas pessoas, a cirurgia plástica estética é um caminho encontrado para triunfar sobre o opressor poder da má formação, melhorar a imagem social e aumentar a auto-estima. Por sua vez, tem a capacidade de oferecer uma nova aparência ao indivíduo e garantir um lugar na sociedade.

    http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-42812007000300015

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  5. O assunto tratado no post merece um grande destaque, já que se relaciona com o delicado assunto da estética e autoestima do paciente e cria uma discussão sobre a real necessidade de realização de certas cirurgias. Um exemplo que pode ser mostrado é o caso da cirurgia bariátrica, recomendada para pessoas com "obesidade acima do grau 3, ou seja, Índice de Massa Corpórea (IMC) acima de 40 ou obesidade entre grau 2 e 3 associada à hipertensão grave ou diabetes de difícil controle; ser obeso há pelo menos dois anos; além de não ser dependente de drogas, não ter retardamento mental nem psicose orgânica não tratada", mas que apresenta frequentemente casos de pessoas com complicações sérias durante o procedimento e que não tinham todos os pré requisitos básicos para realizá-lo, como no caso do óbito da paciente Fernanda Nóbrega, ocorrido em 2013, em Recife. Logo, se encontra a necessidade de um controle mais rigoroso sobre tais cirurgias, de modo que estas sejam realizadas somente em última opção, e somente nas pessoas que realmente necessitarem de tais intervenções.
    Referência: http://g1.globo.com/pernambuco/noticia/2013/12/medicos-alertam-para-risco-de-cirurgia-bariatrica-apos-caso-polemico-em-pe.html

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  6. Além da supervalorização da juventude como um bem em si mesmo, acrescentou-se a ideologia de um corpo não só jovem, mas também portador de medidas ideais. Na pós-modernidade, as representações sociais de um corpo magro, belo e jovem viraram mandamentos ligados à ideia de sucesso. Assim, o sacrifício exigido para modelar do corpo é compensado idealmente pela crença de um sucesso futuro. No nosso país, a população feminina adolescente e jovem adulta é a mais atingida pelas crenças de que o corpo é infinitamente maleável. Por este motivo, a cirurgia estética não é mais um procedimento associado somente à correção de marcas do envelhecimento ou deformações inatas; percebe-se o crescimento do número de mulheres jovens que buscam a cirurgia estética. Nessa busca da adequação aos padrões socialmente construídos e potencializados pelos meios
    de comunicação, estabelecidos pela valorização da estética, tem-se preterido a própria saúde. No caso das cirurgias estéticas, as possibilidades de infecção, problemas com a anestesia, hemorragias, cicatrizes e outros problemas são minimizados e pouco divulgados. O sofrimento do pós-operatório e os riscos de todo processo cirúrgico são justificados pelo culto à beleza.

    Referência: http://www.scielo.br/pdf/csc/v15n1/a13v15n1.pdf

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  7. A postagem foi muito interessante na medida em que trabalhou o marketing estético do ponto de vista das cirurgias plásticas, (que como muito bem retratou o texto), tem cada vez mais aumentado no Brasil, país líder no ranking destes procedimentos, que envolvem desde mamoplastia, blefaroplastia, lipoaspiração, dentre muitos outros métodos influenciados por uma mídia opressora e por uma indústria da moda que dita as regras da beleza. A lipoaspiração, uma das medidas apresentadas, consiste na introdução de uma cânula metálica no subcutâneo que ligada a um aparelho de fazer vácuo aspira quantidades de gordura. À medida que a cânula é movimentada no interior da zona de acúmulo de gordura, esta é absorvida para dentro da cânula e retirada do subcutâneo. Desta maneira, com esta cirurgia existe a possibilidade de retirar maior ou menor quantidade de gordura do interior das zonas de depósito exagerado. Muitas complicações de saúde podem decorrer dessa técnica, sendo, entretanto, incomum, (quando feita em locais seguros e de referência), paradas cardíacas ou morte dos pacientes. Podem ocorrer, no entanto, perfurações ou trauma das estruturas profundamente situadas às zonas lipoaspiradas, além do aparecimento de hipercromia (zonas mais escuras), que podem ser corrigidas com substâncias descolorantes, em procedimentos muitas vezes prolongados. Estudos sobre essa área (e que podem ser melhor estudados ao se acessar o segundo link das referências), faz menção à complicações bioquímicas, nas medida em que os resultados obtidos pelo estudo mostraram que a lipoaspiração desencadeia um aumento significativo na resistência insulínica. Observando-se a análise dos dados apresentados, segundo a linha de corte de 1500 gramas de gordura aspirada, ficou evidenciado que a intensidade dessa resposta foi dependente do total da gordura retirada.
    Desta forma, projetos de leis como o de número LEI Nº 7.096, DE 2010 e que cria a obrigatoriedade de manutenção de UTI – Unidade de Terapia Intensiva - e Bancos de Sangue em clínicas médicas para realização de cirurgias de lipoaspiração, são passos interessantes na luta para diminuir os danos causados por essa operação. Aguardo novas postagens sobre o assunto ansiosamente.

    Referências
    http://www.camara.gov.br/sileg/integras/1050760.pdf
    http://www.scielo.br/pdf/rcbc/v40n1/04.pdf
    http://www.abcdasaude.com.br/cirurgia-plastica/lipoaspiracao

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  8. O aumento da realização de cirurgias estéticas aumentou incrivelmente de uns anos pra cá. Um dos fatores que contribuíram para esse aumento foi o crescimento da classe média, isso porque as pessoas passaram a ganhar mais, por isso começaram a se preocupar com coisas que antes não podiam: passeios, viagens e beleza, por exemplo. A preocupação com a estética cresceu muito, e isso vale para o consumo de cosméticos, maquiagem, produtos dermatológicos também, não só para a realização de cirurgias plásticas. Outros fatores também impulsionaram o crescimento do mercado de cirurgias plásticas no Brasil: a busca por um corpo ideal e a rejeição de características que fogem ao padrão de beleza dominante estão entre eles. O problema ainda é que há pacientes que entendem a cirurgia plástica como algo parecido com um corte de cabelo ou troca de roupa. Nestes casos, o médico deve ter bom senso e recusar o procedimento. Algumas pessoas acham que conseguem resolver seus problemas psicológicos com uma cirurgia, quando, na verdade, precisam é de um tratamento psicológico. É em vista disso que o cirurgião plástico deve ser ético o suficiente para recusar o procedimento e explicar seus motivos para tal. O problema é que junta dois desejos: o do médico de ganhar dinheiro e o do paciente de se transformar!
    http://namu.com.br/materias/cirurgia-plastica-nao-e-corte-de-cabelo

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  9. Os riscos da realização de uma cirurgia plástica são os mesmos de uma cirurgia comum, portanto podem haver complicações como:Embolia pulmonar,Infecção hospitalar,Infecção da cicatriz,Reação alérgica à anestesia,Rejeição da prótese,Perfuração de órgãos (no caso da lipoaspiração),Não ficar satisfeito com o resultado,Ter dificuldade na amamentação (no caso da mamoplastia de aumento),Perda da sensibilidade no local.Para minimizar esses perigos o indivíduo deve optar por escolher um cirurgião plástico que seja capacitado e de preferência com a indicação de alguém próximo. O procedimento deve ser realizado dentro de um hospital.

    http://www.tuasaude.com/riscos-da-cirurgia-plastica/

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